O Conselho Municipal de Saúde, após intervenção do Ministério Público Estadual, foi refeito ao gosto do freguês. No caso, a prefeitura de Itabuna. É que, desde os tempos de Fernando Gomes, todos que passam pelo Centro Administrativo Firmino Alves, sejam interinos, passageiros ou titulares cataporas, querem porque querem a tal Gestão Plena da Saúde. No caso desse governo que se encerra em 2016, criou-se até uma nova lei, para facilitar a volta. Nos tempos de Azevedo, até a Justiça foi acionada.
Ninguém entende muito bem o porquê de tanto querer gerir todos os recursos da saúde, mesmo não conseguindo gerar bons resultados no feijão-com-arroz da atenção básica. Não fazem o básico, mas querem as estrelas...
Pois bem. Depois de ter conseguido a Gestão Plena, o governo Vane não conseguiu mostrar melhoria alguma no atendimento aos usuários. Aliás, os usuários dizem que a coisa piorou. Claro que usuário reclamar não dá em nada.
O problema, para Vane, é que agora quem reclama é o patrão. Isso mesmo. Os prestadores de serviço - não se iludam com esse nome humilde, porque se tratam dos hospitais, clínicas e laboratórios particulares, além dos públicos, claro - resolveram que querem receber pelos serviços que prestam.
São exames, consultas especializadas, tratamentos complexos e até cirurgias, que estão sendo amarradas no rabo da piaba, e esse povo não é de perder dinheiro. Não à toa, grande parte dessa gente da elite local hipotecou apoio ao então candidato Vane do Renascer, levados por gurus instalados em câmaras de comércio e clubinhos afins.
O fato é que todos querem receber. E, para isso, já falam em acionar o Ministério Público - vejam só - para retirar a Gestão Plena de Itabuna. O motivo a ser alegado será a absoluta incapacidade da atual gestão de gerir um sistema de compra e pagamento de serviços.
Nesse mesmo diapasão está o Conselho Municipal de Saúde, aquele mesmo que foi eleito ao gosto do cliente. Agora, decidiu que nem sempre o freguês tem razão. Já anuncia uma rebelião para breve.
Será que vai coincidir com a entrada da ação dos prestadores no Ministério Público?
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