quarta-feira, 26 de março de 2014

TERÇA-FEIRA GORDA NA POLÍ(CIA)TICA REGIONAL

A terça-feira gorda chegou com 15 dias de atraso no campo político regional. Se para a Igreja a terça-feira de Carnaval, que antecede a quarta de cinzas, é chamada de "terça-feira gorda" - se confiar, clique aqui para entender - na arena da política regional o dia de ontem foi daqueles de nos deixar fartos - e com o estômago revirado.
Uma prefeita - Sandra Cardoso, de Floresta Azul - cassada; um ex-presidente de Câmara de Vereadores - Clóvis Loiola, de Itabuna - condenado à prisão; um ex-prefeito - Newton Lima, de Ilhéus - denunciando chantagem de parlamentares; e, até, parlamentares admitindo conversas reservadas, embora negando o crime (confira aqui toda a repercussão desse caso).
De Brasília, chegou ainda a revelação que o cacique Babau diz ser um homem marcado para morrer e que, se algo acontecer com ele, a ordem para o crime seria do deputado Geraldo Simões.
A estratégia de Babau tem um erro de lógica: se ele imputa a GS um possível futuro crime, quer dizer que admite que lhe seja imputado o crime do ex-assentado Juraci Santana, assassinado em  uma emboscada em sua residência há mais de um mês?
Mas, fora essas especulações, o que se sabe é que esse dia 25 de março tem tudo para se tornar um dia histórico. Mesmo que a Justiça não confirme a cassação de Drª Sandra, a prisão de Loiola ou que ocorra a morte (toc, toc, toc) de Babau por um crime de encomenda - que certamente não seria do parlamentar que tomou por alvo -, esse seria um dia para ser lembrado.
Bastaria, por exemplo, que o ex-prefeito Newton Lima passasse uma camada extra de Hinodê na coluna, subisse novamente ereto na tribuna da Câmara de Ilhéus - ou fosse até o Ministério Público - e apresentasse provas da chantagem que denunciou.
Seria o início de uma revolução na prática cotidiana da política regional - que é reflexo da do resto do país, afinal.

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